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Diário dos 40 dias - Parte II (de 19/12/22 a 28/12/22)

  • Foto do escritor: Max
    Max
  • 6 de jan. de 2023
  • 7 min de leitura

Atualizado: 21 de jan. de 2023

Nossa simples rotina diária



Se vocë não leu a Parte I: aqui



Dia 11 - segunda, 19/12/22


Voltamos à rotina usual, acordar cedo, balsa, escola, trabalho, retornar para casa. Hoje, entretanto, ao chegar ao terminal da balsa, descobrimos que o horário havia sido alterado e não há mais a ida às 9h04, como estávamos acostumados. Deveríamos ter consultado no aplicativo, ou termos ficado atento a algum aviso que deve ter aparecido (eu realmente não vi). Agora teremos de ir às 9h32 e chegar na escola em cima da hora. A balsa do horário anterior (8h48) nos faria chegar muito cedo.


Apesar do apuro deste primeiro dia de novo horário, meu moleque conseguiu estar na sala de aula às 10h05, quando as atividades nem bem haviam começado. Eu fui para o Gregorys Coffee de sempre e fiquei lá até que ele aparecesse para me encontrar.


Saímos e eu disse que precisava ver algumas coisas a alguns quarteirões dali, mas o que queria mesmo era fazer uma surpresa e levá-lo a uma lanchonete muito legal na 80 Maiden Ln. chamada Five Guys, uma caminhada de aproximadamente 10 minutos.



O hamburguer é muito bom e foi divertido almoçar ali com ele. Como tínhamos tempo, saímos depois calmamente, procurando algum lugar para comermos uma sobremesa e tomar um café. Paramos em um Donkin Donuts, comemos donuts, tomei meu café, e fomos finalmente ao Pier11.




Dia 12 - terça, 20/12/22


Hoje experimentei o café em um lugar recomendado pelo pessoal da escola - 65 Market Place, no número 65 da Broadway St. É um lugar bem grande e com um mezanino repleto de mesas e cadeiras vazias, onde pude escolher uma bem ao lado de uma tomada. Não perguntei sobre wifi, mas com o plano ilimitado de telefone que fiz, usei a internet do celular para trabalhar e funcionou super bem.




Depois da aula, fui com meu filho ao Memorial 9/11. Foram construídas duas piscinas onde estava as torres gêmeas, e os nomes de algumas das vítimas estão grafados no mámore que as rodeia. É um local muito bonito (e muito policiado), mas muito triste também. Saímos dali e fomos ao Oculus, um espaço no novo World trade Center que funciona como um shopping e que está integrado a diversas linhas de metrô.




Almoçamos no Hank's Pizza, na 110 Cedar St., mas pelo preço (e experiência) eu não recomendo.



Voltamos para casa.




Dia 13 - quarta, 21/12/22


Depois de deixar meu filho na escola, andei por alguns cafés mas nenhum que agradasse. Acabei experimentando (e aprovando) o Joe the Juice, na 67 Wall St, que tem boa estrutura para ficar trabalhando, além de alguns sucos diferentões bem legais.



Meu filho veio me encontrar, comeu um docinho, voltamos para casa.




Dia 14 - quinta, 22/12/22


Elegi o 65 Market Place para trabalhar na manhã de hoje. Meu filho saíu da escola, veio aqui, descemos para o Pier11 e fomos almoçar comida mexicana em casa, que pedimos no Uber Eats.




Dia 15 - sexta, 23/12/22


Eu tinha uma reunião logo cedo, e hoje é dia de aula online para meu moleque. Às 8h (horário de NY) eu estava conectado e de olho no relógio para acordá-lo.


Passamos a manhã, cada qual em seu computador, trabalhado / estudando. Foi ótimo não termos precisado sair hoje porque o dia amanheceu chovendo, apesar da temperatura estar um pouco mais alta (entre +7 e +9).


Durante a tarde, pela primeira vez desde que chegamos, caiu neve fina.


Os noticiários daqui estão todos falando do ciclone bomba que está passando pela costa dos EUA e Canadá e fazendo muito estrago. Em NY não houve nevascas, mas o primeiro impacto deu para sentir no final do dia... A temperatura caíu inacreditáveis 16 graus em um intervalo de 3 horas (de +8 para -8 graus). Contando outras 3 horas seguintes, a queda já estava em 20 graus, pois às 9h da noite os termômetros estavam batendo em -12.


Venta demais. Pela janela dá para ver a força do vento, e a partir das 11h da noite a ventania era tão intensa que as janelas começam a uivar. Foi assim a madrugada inteira. Em determinado momento, meu filho acordou e achou que o barulho viesse da televisão, tão alto que estava.



Dia 16 - sábado, 24/12/22


O dia está bem feio. Continua ventando e a temperatura está mais baixa que o usual.


Não tem muito o que fazer num dia como hoje, então vamos ficar em casa até o fim da tarde. Fiz uma reserva para 19h30 no Addictive NYC para podermos passar a noite de Natal juntos e em um lugar mais bacana que os que usualmente vamos.


Começamos a nos arrumar por volta de 17h30, pegamos o ferry das 18h30 e depois o metrô, até a estação 42 St - Bryant Park Station. O restaurante é na 19 W 46th St, então andamos pouco mais de 4 quadras para chegar lá.


O lugar é bem bonito e estava cheio. Precisamos esperar uns 10 minutos, mas logo nos acomodaram em uma mesa e assim foi nossa ceia de Natal. Eu e meu filho num lugar legal, celebrando um Natal e um fim de ano diferente de todos os outros que já tivemos.


Como não é costume daqui comer e ficar na mesa conversando, e também como uma fila de espera se aglomerava no pequeno espaço do lado de dentro da porta (estava muito frio para ficar na calçada), logo pedimos a conta.


Com o horário para o ferry ficando apertado, achei por bem chamar um Lyft e irmos com ele até o Pier, e não usar o metrô. Pelo app, ele estava próximo e cometi o erro de já nos levar para a calçada. Erro grave, pois o trânsito na noite de Natal estava intenso e ele demorou mais de 5 minutos para chegar. Um tempo ínfimo em condições normais, mas que pareceu a eternidade numa noite de sensação -18 graus.


Sim, essa era a sensação térmica na noite de Natal.



Dia 17 - domingo, 25/12/22


Programação para o dia de Natal: ócio completo e absoluto dentro de casa, enquanto o frio e o vento reinam lá fora.


Passamos o dia em casa. Acordamos tarde, assistimos televisão , jogamos video-game e, de noite, pedimos uns hamburgueres no Texas Chicken & Burguers, através do Uber Eats.


Segundo meu filho, esse é o melhor lanche até aqui, desbancando McDonalds (na avaliaçáo dele, "ruim, pior que o do Brasil") e Five Guys.



Dia 18 - segunda, 26/12/22


Tirei esta semana entre Natal e Ano Novo de férias, conciliando com o recesso da escola de inglês. Assim, estamos os dois oficialmente em descanso.


Comemos em casa e saímos. Fomos a um café - Black Flamingo, na 281 Van Brunt St, em Red Hook, e dali para a balsa. Descemos no Pier11 e fomos à pé até o Memorial 9/11, uma caminhada de aproximadamente 25 minutos.


Deu para ir no Liberty Park (um jardim suspenso onde há uma escultura recuperada dos escombros de 11 de setembro) e também às piscinas onde eram as torres gêmeas. O parque é extremamente limpo e organizado, com seguranças por toda a parte. Em um determinado ouvi um segurança gritando... um homem à distância resolveu cortar caminho e deu alguns poucos passos na grama. Pronto, foi o suficiente para tomar um pito público, em alto e bom som. Sequer fumar no parque é permitido.


No parque conhecemos a Árvore Sobrevivente, uma árvore recuperada dos escombros e que foi cuidada por botânicos do departamento de parques, no Bronx. Em 2010 ela foi transposta novamente para a área do Memorial, e agora está lá, protegida e escorada, ponto de visitação e símbolo de resistência. Muito, muito bonito.



Já no final da tarde não era mais possível entrar no Museu 9/11, o que nos fez pegar o metrô no World Trade Center e subir até o centro. Como já era de se imaginar, a cidade está cheia e andar pelas ruas da Times Square é um verdadeiro exercício de paciência. Tentamos ir a alguns cafés, mas estavam todos cheios e sem lugares para sentar. Andando então pela 46th Street encontramos um restaurante completamente vazio: Bareburguer, na altura do número 366.


Ficamos receosos de entrar porque, ou estaria fechado, ou deveria ser péssimo, pois como um lugar àquela hora poderia estar vazio?


Não sei a explicação, mas o hamburguer era ótimo, e fez desbancar o posto do restaurante de ontem, na avaliação do meu filho. Para ele, agora, Bareburguer tem o melhor hamburguer que já comemos aqui.


Sobre o lugar estar vazio, talvez tenha sido um lance de sorte imenso. Poucos minutos após termos entrado o lugar foi enchendo, e quando saímos não havia mais mesas.



Recomendadíssimo.


Era noite, não tão gelada quanto as anteriores, mas ainda bastante fria. Começamos a caminhar de volta para o metrô. Tentamos tomar um café no Patis Bakery, mas estava cheio.


Foi mais um golpe de sorte. Seguimos andando e paramos na Europan Cafe, na 672 8th St, onde comi uma tortinha e uns bicoitos amanteigados indescritivelmente bons.


Saímos, pegamos metrô, fomos ao Pier, pegamos o ferry para South Brooklyn, chegamos em casa.



Dia 19 - terça, 27/12/22


Passamos o dia em casa e no final da tarde resolvemos ir ao Distrito Financeiro tentar comprar mais uma calça térmica. São calças de tecido bem fino, térmico, que se usa por baixo das roupas comuns e que ajudam a aguentar o frio. Fomos na TJ Maxx mas não havia nada que agradasse.


Saímos andando, de volta para o Pier, mas resolvemos fazer um outro caminho. Acabamos conhecendo uma padaria muito chamosa na 35 Cedar St, chamada Pi Bakery, onde paramos e tomamos um café.


Voltamos para casa.



Dia 20 - quarta, 28/12/22


Dia de almoçar com um antigo colega de trabalho, fomos eu e meu filho até a 26th St no Crompton Ale House, um pub irlandês mas com boas opções de refeição.


Pegamos balsa, metrô e caminhamos.



Foi um almoço legal, e para meu filho foi a oportunidade de ter a companhia de um americano por 2 horas, em um ambiente que não a sala de aula.


Saímos e eu pretendia ainda passear um pouco, mas ele preferiu voltar para casa porque está ficando gripado. Mau sinal.



Continua na parte III: aqui


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