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Diário dos 40 dias - Parte III (de 29/12/22 a 07/01/23)

  • Foto do escritor: Max
    Max
  • 10 de jan. de 2023
  • 13 min de leitura

Atualizado: 21 de jan. de 2023

Nossa simples rotina diária



Se vocë não leu a Parte II: aqui




Dia 21 - quinta, 29/12/22


Como já anunciado no dia anterior, meu filho amanheceu gripado e indisposto. Diz que a garganta dói e tem dores pelo corpo. Pensei que pode ser só um resfriado e que ele está com preguiça de fazer as coisas, mas ele diz que não, e que não pode correr o risco de piorar e depois não conseguir voltar à aula no começo da próxima semana.


Por conta disso, ficamos todo o tempo em casa e à noite pedimos uma pizza.




Dia 22 - sexta, 30/12/22


Acordamos tarde.


Meu pequeno adolescente diz que está melhor, já não está indisposto e as dores passaram. Que bom, era só um resfriado mesmo.


Almoçamos em casa e eu o chamei para passearmos um pouco. Ele estava reticente, com medo de ter alguma piora que impactasse a volta às aulas, mas aceitou ir. Definitivamente, está recuperado. Ufa.


Pegamos um ônibus e fomos até o centro do Brooklyn. Dali, andamos a pé até a Brooklyn Bridge Boulevard, um espaço apropriado para pedestres e ciclistas e que leva até a famosa ponte do Brooklyn.


À medida que nos aproximávamos da ponte, dava para ver mais e mais pessoas. Turistas de todos os lugares do mundo aproveitavam o fim de tarde para atravessar a ponte à pé.


O excesso de pessoas atrapalhava um pouco para tirar as melhores fotos, mas nada que um pouco de paciência não resolvesse... sempre se acha um espaço livre para se apoiar no parapeito e fotografar o East River, Manhattan, ou Brooklyn.


Um casal me pediu que tirasse uma foto deles e quando eu lhes perguntei como queriam: "como você quiser, considerando sua câmera, você deve ser um bom fotógrafo", disseram. Espero não tê-los desapontado, coloquei o East River de fundo e o por do sol, que àquela altura deixava o ceu vermelho, concluindo o cenário.




Além de ser um ponto icônico, demos sorte de termos ido num dia de temperatura amena e ceu limpo. Foi muito bacana conhecer um lugar tão emblemático, cena de inúmeros filmes, cartões postais, etc.


Saímos do outro lado (em Manhattan) já de noite, e tínhamos planejado ir a uma doceria muito bem recomendada no Google (Mel the bakery), mas pelo horário já não dava mais tempo.


Consultamos então outro lugar, e encontramos o Funny Face Bakery (6 Fulton St). Uma caminhada de cerca de 20 minutos e que depois estenderíamos por mais 10, até o pier.



Não sei o que perdemos não podendo conhecer a Mel, mas posso dizer que este lugar foi incrível. Não tem mesas e o negócio ali é entrar, comprar e sair. Quando muito há um sofazinho, para vocë sentar enquanto espera. Segundo meu filho, agora promovido à crítico gastronômico, o "melhor cookie que ele já comeu na vida". Não são nada baratos - USD 6,25 a unidade - mas são incríveis. Grandes e com recheio. Compramos uma caixa com 4 unidades e fomos correndo para não perder o ferry, que àquela altura estava a menos de 15 minutos de chegar.




Dia 23 - sábado, 31/12/22


Acordei resfriado.


Meu filho pediu para irmos tomar um café aqui perto e ir até Manhattan, comprar mais daqueles cookies de ontem (pelo jeito eram mesmo muito bons!). Eu concordei, e disse que preciso ir a uma farmácia porque minha garganta começou a machucar. Talvez com umas pastilhas eu consiga resolver e o resfriado vá embora ao longo do dia, como foi com ele. Fomos no café e depois pegar a balsa para Manhattan. Nao me sinto cansado e nem tenho dor no corpo, mas estou bem indisposto. Talvez seja só preguiça. Fomos até o Pier11, em Wall Street, e dali fomos andando até a 6 Fulton St, onde está o Funny Face Bakery. Meu filho pegou logo 5 cookies, o que significa que vamos passar a virada de ano abastecidos!


Como não estou muito animado, pegamos a caixa dos cookies e já voltamos para o Pier. Chegamos e na mesma hora embarcamos na balsa para voltar, e logo estávamos em casa. Combinamos que hoje vamos passar o dia por aqui, e não vamos ter jantar de ano novo em nenhum lugar, para economizar. Eu havia comprado uns hamburgueres, e também tenho batatas congeladas, então à noite vou fazer um dos pratos prediletos dele: hamburguer e fritas! E assim passaremos a nossa noite de ano novo.


Espero que as pastilhas ajudem. Meu filho está bem, tomara que não seja eu agora a cair gripado.




Dia 24 - domingo, 01/01/23


A noite de ano novo foi simples, mas muito legal. Estar no conforto de casa, junto do meu filho, fazendo comidas que ele gosta, foi mesmo muito bacana.


Eu não comi nenhum hamburguer. Minha garganta piorou no final da noite e eu não tinha a menor fome. Dormi por volta de 1 da manhã e acordei cedo, enquanto meu filho ainda dormia na sala (falei para dormirmos separados para não correr o risco de ele ter alguma recaída). Aproveitei que ele não havia acordado e fui tomar um banho. Enchi a banheira e fiquei deitado na água quente. Minha garganta dói demais... esse resfriado parece que vai me dar trabalho.


Saí do banho e fui deitar mais um pouco. Acho que não vamos sair de casa hoje e eu quero dormir para ver se melhoro um pouco.


Meu filho se virou com alguma comida que tínhamos e eu não precisei cozinhar. A mesma coisa à noite, com o jantar. Passei o dia na cama, acordando e dormindo, e minha garganta não melhora por nada. Não tenho dor ou outros sintomas de gripe e, não fosse a garganta, eu diria que tenho um resfriadinho bem leve.


São 23h e eu sinto minha garganta ainda pior. Acionei o seguro viagem e eles vão providenciar uma consulta médica por telemedicina para mim.


Em cerca de 30 minutos um médico da Flórida me ligou. Expliquei para ele o que tenho e ele disse que vai me receitar um antibiótico e um corticóide, mas somente amanhã ao meio dia (até porque, a esta hora, seria difícil eu encontrar alguma farmácia para comprar). Ok, preciso aguentar até amanhã.




Dia 25 - segunda, 02/01/23


Não consegui dormir direito. A garganta incomoda demais e eu já estou com azia de tanta pastilha. 5h da manhã, não aguento mais, preciso ir a um hospital. Se me derem um corticóide injetável, tenho certeza que saio de lá zero. E aí vai ser só esperar pela receita do médico, ao meio dia, e pronto, estarei novo, de novo.


Acordei meu filho e disse que ia a um hospital. Ele pediu para ficar, o que eu também prefiro. Não tem porque ele ficar se expondo desnecessariamente.


Chamei um Lyft.



No pronto socorro o atendimento foi rápido. Aparentemente está tudo bem, eu não tenho febre, não tenho nenuma outra condição que preocupe (falta de ar, dor no peito, dor muscular, etc) e, o principal, não tenho nenhum sinal de infecção. A médica falou que minha garganta está bem inflamada, mas não há sinal de infecção, ou seja, dá pra tratar na base da pastilha ou, se "eu quiser, posso tomar um corticóide injetável". Claro que quero, digo, e agora aguardo eles prepararem.


Nesse interim meu celular vibra que "o resultado de meus exames saíram", mas eu nem me preocupo em abrir. Claro que não tenho nada. Sem febre, sem complicações maiores, sem infecção. É só uma dor de garganta brava, resultado de um resfriadinho que tentou me derrubar, mas não conseguiu.


A médica volta.


"Viu seus exames? Não? Pois é. Você está com Covid."


Eu não conseguia acreditar. Como posso estar com Covid? Mais que isso, e agora, o que vou fazer? Para completar a notícia, ela ainda me diz que, por conta da Covid, não posso tomar corticóide. Ou seja, tenho de voltar pra casa e ficar tratando da garganta na base da pastilha e do spray. "Mas não consigo nem engolir de tanta dor", reclamo, mas ela se mostra irredutível. "Corticoide pode fazer com que você precise de oxigênio depois, nada feito, vai ter que aguentar."


Saio do hospital em parafuso. A médica se mostrou calma, me disse que "essas coisas acontecem, que basta eu guardar 5 dias de quarentena e tudo bem, meu quadro é simples". Provavelmente meu filho teve na semana passada, mas já está incluive fora da quarentena também, mas que a gente tente guardar distância um do outro nesse período.


Volto pra casa preocupado. E se eu piorar? E se precisar de atendimento médico aqui? Essa simples consulta no pronto socorro vai me custar quase USD 1000 e, ainda que o seguro viagem me reembolse, não tenho como pagar uma internação, por exemplo. E meu filho? Se eu piorar, como fica? Quem cuida dele? Quem vem buscá-lo? São muitas dúvidas.


Chego em casa e ele dorme.


São quase 8 horas da manhã, 10h do Brasil. Preciso conversar com alguém. Será que não é melhor irmos embora imediatamente? Se eu agravar, que seja no Brasil. Mas como saio daqui se estou com Covid e não posso sair de casa? E meu filho? Como mando ele para o Brasil sozinho? Começo a pensar no padrinho dele para vir aqui resgatá-lo.

Ligo para minha esposa. Ela sabe que eu estava um pouco resfriado, mas não faz ideia do que está acontecendo. Ela me pede para ter calma agora, tentar repousar que, com tempo, vou melhorar. Adormeço. Acordo algumas horas depois e meu filho já havia acordado. Hoje ele ainda não tem aula, então está aproveitando seu último dia de descanso. Apareço na sala, ao longe, e ele me pergunta como estou e como havia sido a consulta no hospital.


Quando conto do diagnóstico, ele encosta a cabeça para trás e fecha os olhos. Eu tento acalmá-lo, digo para ele que está tudo bem, que não tenho sintomas, que estou vacinado, e que agora tenho que cumprir uma quarentena. Explico que ele provavelmente já teve, pois os sintomas foram os mesmos, apenas mais leves, e que a esta altura ele já está livre da quarentena. As aulas voltam amanhã, é conveniente ir de máscara, eu falo, mas como ele vai para a escola? Se eu não posso sair de casa, como vamos fazer? "Eu acho que consigo ir sozinho. Pego o ferry, depois uso o Google Maps, e chego na escola", ele fala.


Obviamente que passamos o resto do dia em casa, tentando nos isolar um do outro. Agora as coisas inverteram, e é meu filho que cuida de mim, pergunta de tempos em tempos como estou e se preciso de algo. Definitivamente, sou um cara de muita sorte de tê-lo comigo.



Dia 26 - terça, 03/01/23


Mais uma noite infernal. Mal consigo engolir e as pastilhas parecem não fazer a menor diferença. Meu filho se apronta, toma café e diz que vai para o Pier. Eu sei que não posso, mas eu preciso sair na rua e respirar um pouco de ar fresco. A rua que moramos é bem deserta, não vou cruzar com ninguém, e eu preciso que ele vá à farmácia aqui ao lado e compre um spray para eu espirrar na garganta e ver se, com isso, melhoro um pouco.


Como imaginei, não havia ninguém na rua. Meu filho comprou o spray que eu precisava e depois foi para o Pier. Eu fiquei de longe vendo-o embarcar no ferry e ir para a aula, e nessa hora me deu uma tristeza muito grande de não poder estar com ele. Minutos antes de ele ir eu ainda falei que poderíamos tentar alguma coisa, eu colocaria mais máscaras (comprei uma caixa delas) no rosto, e assim poderia ir come ele. Mas ele não deixou. Disse que eu não posso pegar a balsa e que, mesmo que eu fosse, o que ficaria fazendo lá em Manhattan, ficaria fechado num café esperando que ele saisse? É muito perigoso, ele falou. Ele está certo.


Foi triste ver a balsa partindo, e mais triste ter de voltar para casa sozinho. Com o app Life360 em nossos celulares eu fui monitorando onde ele estava. Na verdade, nem precisaria, porque ele chegou a Wall Street e me escreveu, andou em direção à escola e me escreveu, chegou na escola, idem e, por fim, confirmou que estava na sala de aula.


Eu me sentia bem por ter conseguido respirar um pouco o ar da rua. Ainda que estivesse frio (uns 3 ou 4 graus), era mais confortável do que ficar respirando o ar do quarto. O spray que ele me comprou na farmácia também parece ter um efeito diferente das pastilhas... arde muito, mas tem uma propriedade anestésica que é um alívio pra mim.


Tranquilo que tudo tinha dado certo, fui me deitar.


Acordei perto do horário de ele sair da aula. A mesma dinâmica se seguiu, com ele me informando de onde estava, e eu também monitorando pelo Life360. Ele logo chegou em casa.


Ainda não tenho muita disposição para cozinhar (e tampouco convém), então deixei que ele pedisse comida no Uber Eats.

Ele está feliz em ver que estou um pouco melhor, e claramente animado por ter conseguido vencer o desafio de ir sozinho.


Sim, vencemos mais um desafio. Que venha o amanhã.



Dia 27 - quarta, 04/01/23


Acordei bem melhor. Meu filho foi à escola sozinho novamente, e mantivemos o protocolo de ir falando pelo whatsapp e/ou monitorando pelo Life360. Ele se localiza bem pelo Distrito Financeiro, em Manhattan, o que me deixa bem tranquilo.


Sem contratempos, foi, voltou, pediu comida aqui em casa e nos mantivemos isolados um do outro.



Dia 28 - quinta, 05/01/23


Continuo melhorando. Definitivamente, o susto já passou.


A rotina de meu moleque ir à escola sozinha segue a todo vapor, e ele está bem feliz com essa autonomia.


Hoje, voltando da escola, ele me disse que estava com vontade de ir ao Black Flamingo, aquele café perto de casa, pegar algo para comer. "Sem problemas", falei, e lá foi ele, desceu da balsa, caminhou até o café, comprou o que queria, e logo estava em casa.


Apesar de toda a dificuldade do começo, incerteza de como eu evoluiria, o que iríamos fazer, se precisaríamos ir embora antes, etc, o saldo dessa experiência desta semana está bem positivo. Meu filho ganhou autonomia para ir e voltar da escola, sentiu o peso da responsabilidade de ter que controlar o horário, as passagens do ferry, o caminho, etc, e está cada vez mais desenvolto e vivendo como um se fosse um local.


Hoje ele se atrasou na saída da escola, ficou conversando com um russo, aluno novo que entrou em sua turma, e quando se deu conta teria que correr para não perder a balsa das 13h56. Correu, cortou caminho, chegou, pegou balsa, veio e ainda decidiu passar num café antes. Tudo sozinho.


Às vezes as coisas dão errado para poderem dar certo. :-)



Dia 29 - sexta, 06/01/23


Dia de aula online. Meu filho pode acordar mais tarde e se conectar à aula às 10h.


Passamos o dia em casa. Entre uma reunião e outra, comemorei com ele o fim da minha quarentena.


No fim da tarde, saímos e fomos até Manhattan para jantarmos. Ele encontrou no Google um restaurante mexicano bem recomendado - Toro Loco, na 15 Stone St - bem perto de um dos cafés que eu costumava ficar trabalhando, antes.


Está esfriando, e fomos caminhando rápido. O lugar é bem legal, meio escondido até, mas tem um Guacamole muito bom e bem servido.


Saímos e ficamos na dúvida se íamos até a loja dos cookies, ou se voltávamos para pegar a próxima balsa. Ficamos com a segunda opção, está cada vez mais frio e queremos voltar logo para casa. Além disso, meu filho achou uma loja de cookies no Uber Eats e que entrega na nossa casa, então vamos experimentar e ver se são tão bons quanto os da Funny Face (que não entregam no Brooklyn).


Chegamos em casa, meu moleque deitou no sofá para mexer no celular... e dormiu.


Os cookies vão ficar para outro dia. A Covid também, se quiser me derrubar, vai ter que voltar num outro dia. \o/ \o/ \o/



Dia 30 - sábado, 07/01/23


Programei um passeio simples, barato, mas fundamental - caminhar pelo Central Park.


Saímos perto do meio dia, passamos no Black Flamingo para comer alguma coisa, pegamos o ferry e o metrô (linha 4) de Wall Street até Canal Street. Descemos e fomos até uma relojoaria a algumas quadras, para tentar consertar meu relógio que caiu ontem e soltou a tampa traseira.


Coisa rápida, conserto baratinho (USD 2), e logo voltamos para o metrô, mesma linha 4, e fomos até a estação 110th St. A ideia é chegar no Central Park pela parte norte e depois ir caminhando em direção ao Sul.


São algumas quadras do metrô até o parque. Entramos, tiramos algumas fotos, sentamos em um banco e ficamos vendo a movimentação de pessoas, algumas passeando com seus cães, dos patos no grande lago que há ali, e dos pássaros. Interessante como a vida se adapta às condições existentes... faz bastante frio, mas isso não parece impedir que todos curtam, cada qual a sua maneira, aquele belo exemplar da natureza. Brinco com meu filho dizendo que "aqueles patos são doidos de estarem na água com aquele frio todo"... ele ri e balança a cabeça como dizendo "que tonto meu pai, os patos são acostumados" kkkkkkk


Minha garganta parece voltar a se irritar com o frio. Meu filho se preocupa, me diz para espirrar o spray que eu havia levado, e sugere irmos almoçar para entrarmos em algum lugar aquecido.


Eu também havia planejado o almoço. Queria conhecer um restaurante de comida africana que está na 1280 5th Av, de nome Teranga.



A escolha não podia ter sido melhor. A comida é sensacional. O lugar não estava cheio, bastava sentar, ler o QR code com o celular, fazer o pedido, pagar e esperar até que tragam o pedido à mesa.


São muitas opções e a minha escolha foi montar um prato com frango, arroz jollof, feijão de corda e salada, com molho de amendoim. Ainda acrescentei mais um molho apimentado (segundo o cardápio, medianamente apimentado), e tive a sorte de que ele viesse à parte, ou não conseguiria comer de tão picante que era. Delicioso. Arrisco-me a dizer que foi a melhor comida desde que cheguei.


Apesar de o prato ser individual e não ter um porção exagerada, saímos de lá muito satisfeitos e de barriga cheia. Voltamos a caminhar, entramos outra vez no parque e seguimos em direção ao sul.


O frio aperta, e por sorte eu trouxe mais uma camiseta térmica. Vamos ao banheiro do parque para eu vestí-la.


Melhor abrigado, seguimos caminhando. O parque é imenso e à medida que andamos, mais movimento vamos encontrando. São pessoas, jogando bola, correndo, andando de bicleta, passeando com seus cachorros...


Em uma hora, percorremos cerca de 1/4 do parque.


Vamos até um grande lago. O sol saíu entre as nuvens e forma uma bela paisagem de fim de tarde, refletindo nos prédios e na água.



Continuamos andando e conversando. A noite vai começar a cair e decidimos pegar o metrô e voltar para casa, pois não estamos nem na metade do parque ainda e o frio está apertando.


Paramos próximos a algumas árvores e ficamos observando os esquilos que desciam e subiam, cavocavam a terra e comiam alguma coisa. Observamos também os diversos cachorros que, trazidos por seus donos, brincavam pelo parque, interagiam com outros cães ou simplesmente andavam, felizes de estarem ali.


Meu filho me explicou sobre os esquilos - como são capazes de encher a boca com alimento para levar para seus ninhos - e juntos ficamos ali, olhando para aquele bichinho simpático que comia seuas sementes, mas que não tirava os olhos dos dois humanos parados em pé - nós - próximos a ele.


Prestamos atenção também em alguns grupos de cachorros, onde os pequenos muitas vezes queriam brincar com os grandes, mas esses simplesmente os ignoravam, ou uma dupla da mesma raça, onde um brincalhão enchia a paciência do outro, claramente sem vontade nenhuma de brincar, que o ignorava, virando o focinho para o outro lado.


E assim, juntos naquele gélido fim de tarde do Central Park, seguimos andando e conversando, aquecidos pela companhia que fazíamos um ao outro.



Continua na parte IV: aqui

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